O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta, 7, ultrapassando a marca simbólica do US$ 1.800 a onça-troy. O metal foi impulsionado por um cenário de queda nos rendimentos dos títulos públicos, o que tende a aumentar a busca pela commodity. No caso da T-note das 10 anos nos Estados Unidos, os juros chegaram ao menor nível desde fevereiro. Além disso, o mercado aguarda a publicação da ata referente à última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para esta tarde.

O contrato do ouro para agosto fechou em alta de 0,44%, em US$ 1.802,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Na avaliação do Commerzbank, o cenário de recuperação nos preços do ouro deve seguir, observando especialmente a queda nos rendimentos dos títulos públicos. A suspensão do teto da dívida nos EUA, imposta de forma temporária, expira em 31 de julho. Caso a medida não seja estendida, o governo ficará impossibilitado de emitir mais papéis soberanos, o que pode trazer volatilidade aos retornos e até derrubá-los, de acordo com o Julius Baer. “O debate sobre o teto de dívida seguirá como principal tópico para o mercado, até mais que preocupações sobre inflação”, explica.

Sobre a ata do Fed, o Commerzbank avalia ser “improvável” que haja alguma mudança significativa com relação ao que já foi expresso depois da última reunião, especialmente sobre alta de juros. Desta forma, a instituição acredita que a publicação não deva “representar obstáculos” para um aumento nos preços do ouro.