O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 1º, impulsionado pelo recuo nos juros dos Treasuries e desvalorização do dólar ante pares durante a sessão. Os movimentos foram estimulados pela publicação de dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos acima do esperado por analistas. O mercado agora volta suas atenções para a publicação do payroll no país, amanhã.

O ouro com entrega prevista para junho ganhou 0,75% e terminou a sessão cotado a US$ 1.728,40 a onça-troy, na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange. Na comparação com a última sexta-feira, contudo, houve recuo de 0,17%.

Na sessão de hoje, o avanço de 61 mil no volume de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, a 719 mil na semana passada, frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 675 mil solicitações. O resultado ajudou no recuo dos juros dos Treasuries, sugerindo uma possível recuperação mais fraca, beneficiando o ouro, que vem sendo um ativo concorrente dos títulos. Além disso, a publicação pressionou o dólar, o que torna o metal mais barato para detentores de outras divisas.

Os dados do mercado de trabalho ADP publicados ontem “não tiveram praticamente nenhum impacto sobre o preço do ouro, corresponderam amplamente às expectativas” aponta o banco alemão. A expectativa agora é pela publicação de amanhã para o dados do payroll, que podem registrar uma recuperação do emprego nos EUA, fortalecendo o dólar.

O Commerzbank avalia que o ouro recupera parte das perdas depois de ter seu começo de ano mais fraco em 39 anos e ter fechado o pior trimestre desde 2016.