O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 13, recuperando parte das perdas em sessões anteriores, e impulsionado por um recuo nos rendimentos dos Treasuries. Outra questão observada foi a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que apresentou elevação acima do esperado por analistas hoje, alimentando o debate sobre o cenário inflacionário.

O ouro com entrega prevista para o mês que vem encerrou a sessão com alta de 0,06%, cotado a US$ 1.824,00 a onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Depois de um avanço ontem, alcançando os valores mais altos em quase um mês, os rendimentos dos Treasuries recuaram hoje, impulsionando o metal. Outro aspecto observado pelo mercado foi a publicação do PPI, com uma alta acima das expectativas sugerindo a persistência da inflação nos EUA, o que tende a reforçar o ouro como refúgio, ainda seguindo a divulgação ontem dos preços ao consumidor nos EUA, que surpreenderam o mercado.

No entanto, há ponderações, e especificamente sobre o PPI, a Pantheon Macroeconomics lembra que o índice é muito sensível a mudanças no preço do petróleo, que teve alta forte em abril (de 273% na comparação anual). A commodity deve influenciar o PPI por mais alguns meses, diz a consultoria. “Isso, por sua vez, elevaria o risco de alta sustentada nas expectativas de inflação, o que o Federal Reserve (Fed) não poderia tolerar indefinidamente”, afirma.

Em outro ponto observado, o diretor de marketing da GoldCore, David Russell, diz que os investidores “estão ansiosos com uma correção nas ações”, dada a duração das recentes altas. “O ouro sempre se moverá em conjunto com fortes vendas de ações à medida que as posições alavancadas se desfazem”, disse ele. (COM INFORMAÇÕES DOW JONES NEWSWIRES)