Os contratos futuros de ouro fecharam em alta nesta quarta-feira, 12. A nova escalada das tensões globais entre Estados Unidos e China intensificou o clima de aversão a risco que impulsionou o metal precioso. As crescentes expectativas de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também tendem a favorecer a commodity metálica.

O ouro para agosto negociado na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), avançou 0,42% e fechou a US$ 1.336,80 a onça-troy.

O resultado marca a 10ª alta do metal nas últimas 11 sessões da bolsa.

O conflito comercial entre EUA e China ganhou novo episódio na terça-feira, após o presidente americano Donald Trump defender sua estratégia de impor tarifas, que, de acordo com ele, “estão trazendo bilhões para o nosso país”.

Além disso, o chefe de Estado dos EUA declarou nesta quarta-feira que considera impor sanções ao gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, alegando que “os russos estão recebendo bilhões de dólares da Alemanha por seu gás”.

O tom mais agressivo de Trump gerou nova incerteza no cenário global, estimulando a busca por ativos mais seguros, como o ouro.

A demanda por segurança também é favorecida pela expectativa dos investidores de pelo menos um corte de juros pelo Fed até julho, chegando a 86% das apostas monitoradas pelo CME Group.

A alta de 2,0% do núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA na comparação anual de maio deu gás adicional à possibilidade de redução nas taxas.

Juros menores tornam os Treasuries (títulos do Tesouro americano) menos rentáveis, incentivando o movimento para o ouro entre investidores que buscam segurança.