O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 9, em meio à atenção para a potencial aprovação de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. Um dos efeitos possíveis é o aumento da inflação, o que tende a beneficiar o metal, uma vez que os investidores procuram o ativo como um refúgio seguro. Outro fator que impulsiona o ouro é a desvalorização do dólar, que torna o metal mais barato para detentores de outras divisas, elevando a demanda.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para abril subiu 0,18%, a US$ 1.837,5 a onça-troy.

Os preços do ouro sobem à medida que os investidores se concentram nas medidas de estímulo dos EUA. Embora o metal tenha oscilado nos últimos dias, os analistas ainda esperam que os níveis elevados de endividamento resultantes do plano de estímulo de US$ 1,9 trilhão do presidente Joe Biden apoiarão o metal precioso.

Em entrevista à MSNBC nesta manhã, a diretora de comunicação da Casa Branca, Kate Bedingfield, garantiu que a tramitação do pacote de estímulo não será atrasado por divergências com a oposição. “Biden provavelmente levará adiante grande parte de sua proposta sem o apoio republicano”, projeta o BBH.

“No momento, o ouro tem o benefício do aumento da dívida e rendimentos muito baixos nos EUA, o que em teoria deveria ser duplamente bom para o metal”, afirma James Steel, analista-chefe de metais preciosos do HSBC. “Com base em nossas expectativas de juros baixos contínuos e dívida governamental alta, esperamos que o clima para o ouro permaneça positivo no médio prazo”, conclui.

Outro fator que eleva o preço do ouro na sessão é o dólar, que opera em baixa hoje frente as principais moedas rivais.

*Com informações Dow Jones Newswires.