O ouro fechou em alta no pregão desta segunda-feira, 12, renovando a tendência do final da última semana. A expectativa por um novo pacote de auxílio fiscal nos Estados Unidos e a incerteza que se prolonga no tema beneficiam o metal. Por sua vez, sinais da menos demanda global limitam os ganhos do ouro.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,14%, a US$ 1.928,90 a onça-troy.

A Casa Branca ofereceu uma proposta de pacote no valor de US$ 1,8 trilhão, mas lideranças democratas já sinalizaram que não pretendem aceitar. A oposição tem defendido uma legislação de, no mínimo, US$ 2 trilhões.

O Commerzbank aponta que o aumento do ouro na última semana, alcançando o maior valor em três meses na sexta-feira, se deveu “principalmente à incerteza sobre um novo pacote de ajuda à economia dos Estados Unidos”. “Na opinião do Federal Reserve (Fed), é urgentemente necessário mais apoio econômico na forma de política fiscal”, frisa o banco alemão.

Mesmo que o ouro esteja “lucrando” com a política dos EUA, ainda há boas razões para reticências, afirma o Commerzbank: “o Ministério das Finanças indiano divulgou dados provisórios que confirmam em grande parte a fraca demanda de ouro em setembro no segundo maior consumidor”. Os dados indicam uma queda nas importações para 8,4 toneladas, frente a 35,5 em agosto. O banco alemão aponta que outros sinais na Ásia reforçam o cenário de baixa demanda.

Com valor atrelado ao dólar, o ouro recebeu pouca sinalização hoje da moeda americana. O índice DXY, que mede o dólar frente a outras seis divisas de economias desenvolvidas, opera próximo à estabilidade, e às 14h29, tinha alta de 0,02%, a 93,074 pontos.