Após quatro sessões se mantendo em queda ou perto da estabilidade, os contratos futuros do ouro fecharam em alta nesta terça-feira, 26, com os investidores atentos aos desdobramentos da guerra comercial sino-americana.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro subiu 0,23%, a US$ 1.460,30 a onça-troy.

No período da tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as conversas com a China “estão indo muito bem”, mas que os EUA estão de olho nos protestos em Hong Kong.

A situação no território semiautônomo se tornou um possível impasse para a assinatura da chamada “fase 1” do acordo comercial entre Pequim e Washington depois que o Congresso americano aprovou um projeto de lei em apoio aos manifestantes pró-democracia.

A conselheira de Trump Kellyanne Conway também disse, em entrevista à Fox News, que os americanos estão “chegando perto da fase 1” do acordo com os chineses. Já segundo o site Político, um alto funcionário da Casa Branca confirmou que o acordo está próximo, devido a concessões “significativas” da China sobre propriedade intelectual.

Mesmo com a alta desta terça, o ouro permanece abaixo do pico de US$ 1.560,00 a onça-troy registrado em 4 de setembro. Segundo observadores do mercado, o quadro comercial freia uma retomada mais robusta dos preços do metal.

“O otimismo cauteloso que ainda prevalece entre participantes do mercado em relação à disputa comercial entre os EUA e a China está impedindo a recuperação do preço do ouro”, avalia Daniel Briesemann, analista de metais do Commerzbank.