O contrato mais líquido de ouro fechou em alta nesta segunda-feira, recuperando o revés da última sessão, em que a busca por segurança foi freada com um rali nas ações americanas. Apesar de o apetite por risco ainda perdurar entre os investidores hoje, o ouro encontrou espaço para subir. Há também um clima de expectativa para novos estímulos de bancos centrais.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou em alta de 1,31%, a US$ 1.705,10 a onça-troy.

O ouro recuperou quase a metade do que perdeu na sessão anterior, com os investidores focados hoje na possibilidade de anúncios de mais estímulo por parte de bancos centrais, para apoiar a economia e acelerar a saída da crise global de covid-19. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulga sua decisão de política monetária na quarta-feira, 10.

“A recuperação de preços do ouro que se seguiu hoje mostra que as quedas de preços ainda são consideradas oportunidades de compra. Isso também faz todo sentido, uma vez que não se espera que os bancos centrais revertam sua política de impressão de dinheiro sem controle”, afirma Carsten Fritsch, analista do Commerzbank. “É possível que o Fed pense em vincular sua política monetária a metas econômicas específicas, como a taxa de desemprego, e estabelecer metas explícitas de taxa de juros para títulos do governo, de acordo com o modelo japonês”, conclui.