Os contratos futuros do ouro fecharam em alta nesta terça-feira, 31, último pregão de 2019, em meio à baixa liquidez no mercado antes do Ano Novo e apoiados pela fraqueza do dólar ante outras divisas fortes. A assinatura do acordo preliminar entre os Estados Unidos e a China também ficam no radar dos investidores.

O ouro para fevereiro subiu 0,30%, em US$ 1.523,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). No ano, a commodity registrou ganhos de 18,90%.

Na avaliação do ING, 2019 foi um “ano de ouro” para os metais preciosos porque “as disputas comerciais crescentes criaram um ambiente de aversão ao risco entre os investidores e a demanda por ativos de refúgio aumentou”.

Analistas do banco holandês, Warren Patterson e Wenyu Yao afirmam que essas incertezas no comércio, principalmente relacionadas à guerra comercial sino-americana, devem continuar em 2020, “já que a maioria dos problemas ainda não foi resolvida, apesar de os Estados Unidos e a China estarem se esforçando para impedir que a situação piore”.

Hoje, o presidente americano, Donald Trump, informou por meio de sua conta oficial no Twitter que deve assinar a chamada “fase 1” do acordo comercial entre os dois países no dia 15 de janeiro, em uma cerimônia na Casa Branca.

Analista do Commerzbank, Carsten Fritsch prevê que os preços dos metais preciosos “provavelmente terão mais ganhos no próximo ano”. Ele cita as prováveis incertezas políticas e econômicas, mas acrescenta que o ouro “lucrará nesse contexto com o ambiente de baixas taxas de juros que será cimentado pela política monetária ultra-expansionista seguida pelos bancos centrais”.

Neste último pregão do ano, o ouro também foi apoiado pela fraqueza da moeda americana. Perto do horário de fechamento do metal precioso, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis divisas rivais, recuava 0,50%, aos 96,431 pontos.