Os contratos futuros do ouro reverteram a tendência de baixa observada em boa parte da sessão desta quinta-feira e fecharam em alta. Dados da economia americana, mostrando demissões na casa dos milhões, fizeram os investidores buscarem a segurança do metal precioso. O relatório de pedidos semanais de auxílio-desemprego divulgado hoje, somado às expectativas para o payroll de abril, geraram certa cautela no mercado. O dólar fraco ante rivais também ajudou a impulsionar a commodity, já que o contrato fica mais barato para detentores de outras divisas.

O ouro para junho fechou em alta de 2,20%, em US$ 1.725,8 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), recuperando a marca acima de US$ 1.700.

Antes da virada dos preços do ouro para cima, um relatório do Commerzbank já apontava que os sinais de uma crise de emprego sem precedentes nos Estados Unidos deveria fortalecer o metal precioso. Para o banco, a queda nos preços da commodity era “bastante surpreendente em vista dos dados desastrosos do mercado de trabalho nos EUA”.

A Capital Economics, por outro lado, avalia que alguns fatores que elevaram os preços do ouro nos últimos meses parecem estar diminuindo. “Com a maioria das principais economias atualmente em processo de relaxamento das medidas de contenção de vírus, é provável que a demanda por ativos de refúgio caia”, afirma a instituição.