O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 6, em meio à continuidade das tensões comerciais e cambiais entre os Estados Unidos e a China. Com isso, mesmo em dia de recuperação nos mercados acionários em Nova York, persistiu o clima de cautela e de busca pela segurança do metal.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,52%, a US$ 1.484,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Com as tensões comerciais e cambiais crescentes, o metal precioso tem mantido tendência de avanço em suas cotações.

“Os preços do ouro continuam a subir, atingindo o seu nível mais alto desde 2013, impulsionados por uma perspectiva cada vez menor de um acordo comercial”, diz um relatório do BBVA enviado a clientes. “Um acordo comercial agora é visto como improvável neste ano”, diz o BBH.

As tensões entre os Estados Unidos persistem, apesar de o Banco do Povo da China (PBoC), nesta terça-feira, ter estabelecido o valor do dólar contra o yuan em um patamar maior do que o de segunda, mas ainda abaixo da marca de 7 yuans, o que amenizou o sentimento de cautela nos mercados internacionais. Os EUA, no entanto, não recuaram após na noite anterior terem designado o país asiático como “manipulador cambial”.

Para o BBH, em relatório enviado a clientes, o fato de o PBoC não ter autorizado uma depreciação ainda maior do yuan “é um sinal claro de que a China não está usando sua moeda como arma”.

Pelo lado cambial, os ganhos foram contidos pelo dólar forte ao longo do pregão, que torna commodities, como o ouro, mais caras para detentores de outras divisas.