O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 29, impulsionado pelo aumento da busca por segurança no exterior, em meio a preocupações com movimentos especulativos no mercado acionário americano, que também atingiram a prata. A alta do dólar, contudo, limitou o aumento do preço da metal precioso.

O ouro com entrega para abril subiu 0,49%, a US$ 1.850,3 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal, contudo, o metal precioso recuou 0,32%.

Os movimentos especulativos que levaram a uma disparada das ações de empresas como a GameStop e geraram perdas para fundos de hedge que apostavam na queda dos papéis aumentaram a volatilidade nas bolsas de Nova York. Diante da incerteza, os investidores fugiram de ativos de risco e buscaram os mais seguros como o ouro.

No entanto, a busca por segurança também fortaleceu o dólar. A valorização da moeda dos EUA prejudica o ouro porque faz com que os contratos da commodity fiquem mais caros para detentores de outras divisas, reduzindo a demanda.

De acordo com o analista Eugen Weinberg, do Commerzbank, o mesmo movimento especulativo que atingiu o mercado de ações dos EUA fez a prata subir mais de 7% nesta quinta-feira, 28. “Os investimentos em prata foram recomendados em fóruns de discussão online”, afirma o profissional do banco alemão. Nesta sexta-feira, a prata para março fechou em alta de 3,83%, a US$ 26,914 a onça-troy, na Comex.

No entanto, o Commerzbank não espera que o preço da prata continue a ser influenciado por especulação. “Estamos confiantes de que a influência dos investidores de varejo sobre a prata não durará tanto tempo e que, em última análise, a demanda industrial e institucional será o principal fator no longo prazo”, diz Weinberg.