Os contratos futuros de ouro fecharam em alta nesta sexta-feira, 15, na esteira da busca por segurança enquanto os mercados acionários oscilam entre o temor de uma nova onda de covid-19 e a euforia para reabertura das economias e uma possível vacina contra o coronavírus. A tensão entre os Estados Unidos e a China contribui para o ambiente de incerteza.

Nesta sexta, a Casa Branca informou novas restrições à empresa chinesa Huawei, enquanto o governo da potência asiática ameaça com suspensão de compras de aviões da Boeing e investigações contra a Apple.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para julho encerrou em alta de 0,88%, a US$ 1.756,30 a onça-troy, com ganho semanal de 2,47%.

Em relatório enviado a clientes, o Commerzbank destaca que “há preocupações sobre o aumento das tensões entre os EUA e a China”. Em uma entrevista na TV, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não queria falar com o presidente chinês Xi Jinping no momento.

“Ele chegou a ameaçar interromper as relações com a China”, destaca o banco. Por outro lado, a mídia chinesa noticia que o governo asiático pretende ativar a “lista de entidades não confiáveis”, restringindo ou investigando empresas americanas, além de suspender compras da Boeing.

“Dado todo esse caos e confusão, não surpreende que os ETFs de ouro estejam tendo um alto nível inalterado de interesse de compra. Ontem, houve entrada renovada de 15 toneladas”, comenta Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

O banco alemão destaca ainda o risco de uma nova onda de covid-19 que atrapalha o entusiasmo com a abertura das economias.