O contrato futuro de ouro mais líquido fechou nesta quinta-feira, 11, em alta, sustentado pela busca por ativos de segurança, em meio ao cenário de aversão ao risco, reforçado pelas repercussões das previsões negativas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para a economia americana.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro para agosto encerrou em alta de 1,11%, a US$ 1.739,80 a onça-troy.

+ Ouro fecha em alta, com maior busca por segurança e expectativa sobre Fed
+ Ouro fecha em alta com expectativa para mais ações de bancos centrais 

Ontem, após decisão de política monetária, o Fed informou que projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrará contração de 5% este ano e se comprometeu a manter a taxa básica de juros na faixa atual (entre 0% e 0,25%) até que a pandemia de coronavírus seja superada.

Segundo o analista de mercado financeiro da Oanda, Edward Moya, esse pessimismo em relação a atividade econômica impulsiona as cotações do ouro, que costumam subir quando investidores buscam investimentos mais seguros. Ele explica que o movimento ascendente do metal precioso também é justificado pelos temores de uma segunda onda de casos de coronavírus nos EUA.

“A única coisa que poderia descarillar a alta do ouro agora é se aversão ao risco se intensificar demais e os investidores começarem a lutar por dinheiro”, explicou Moya, referindo-se ao movimento no qual as perdas em outros mercados são tão acentuadas que os traders passam a vender até ativos seguros, em busca de liquidez.