Após quatro quedas consecutivas, o ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 13, com investidores em busca de ativos mais seguros diante das incertezas sobre a viabilidade de um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,66%, a US$ 1.463,30 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O otimismo no exterior já estava em baixa desde a abertura dos mercados europeus, quando investidores assimilavam as declarações ambíguas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na terça, 12, o republicano afirmou que o acordo com Pequim estaria “próximo” mas, ao mesmo tempo, mostrou-se disposto a elevar tarifas de importação de bens da China “de forma bastante substancial”, caso as negociações fracassem.

O clima de incertezas ampliou a busca por ativos seguros, como o ouro, fortalecendo as cotações. A procura por Treasuries também foi verificada ao longo da sessão, e, assim, seus juros operaram em baixa.

Esse movimento era esperado, como aponta o analista da Commerzbank Daniel Briesemann. “O ouro se recuperou levemente da mínima de três meses e subiu para bons US$ 1.460 a onça troy. (O ativo) está lucrando com a renovada incerteza (sobre o acordo EUA-China) provocada pelo discurso proferido pelo presidente dos EUA, Trump”, afirma, em relatório.