O ouro fechou o pregão desta terça-feira, 27, em alta, impulsionado pela busca por segurança no mercado, em meio a uma aceleração global da pandemia de covid-19 e incertezas políticas, a uma semana das eleições americanas. Além disso, o metal precioso foi apoiado pela fraqueza do dólar e por dados que mostram uma recuperação na demanda da China.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,33%, a US$ 1.911,9 a onça-troy.

“O ouro está em alta com a incerteza geral antes das eleições nos EUA”, dizem analistas do Swissquote Bank.

Para os profissionais, o metal está “alavancando sua capacidade de refúgio” para investidores à medida que o dólar se enfraquece.

A moeda norte-americana opera em baixa em relação a outras divisas principais nesta terça-feira, o que deixa os contratos do ouro mais baratos e atrativos para detentores de outras moedas.

“Mesmo que os fluxos de entrada tenham perdido um pouco de seu ímpeto nas últimas semanas, muitos participantes do mercado ainda parecem ver o preço atual do ouro como uma oportunidade de compra atraente”, ressalta o analista Daniel Briesemann, do banco alemão Commerzbank.

Briesemann também destaca um aumento da demanda da China por ouro. “De acordo com a China Gold Association, a demanda por ouro na China se recuperou recentemente: os números mostram que ela aumentou 29% no terceiro trimestre em comparação com o segundo”, diz o analista.

Para ele, esse movimento está relacionado com rápida recuperação da economia e dos mercados financeiros do país asiático após os impactos da pandemia de covid-19.