O ouro avançou nesta sexta-feira, 7, depois que o resultado do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos mais fraco do que o esperado sugeriu que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderia reduzir o ritmo de aumento da taxa de juros.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para fevereiro fechou em alta de 0,72%, a US$ 1.252,60 a onça-troy.

O Departamento do Trabalho americano divulgou que a economia americana criou 155 mil novas vagas de trabalho em novembro, bem abaixo da mediana de 29 análises obtidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que previa 200 mil novos postos.

Com isso, a duas semanas da reunião de dezembro do Fed, a perspectiva de que a instituição possa ir mais devagar na trajetória de aperto monetário enfraqueceu o dólar e beneficiou o ouro, cotado na moeda americana.

As expectativas de que as taxas subam a um ritmo mais lento tendem a impulsionar o ouro, que luta para competir com os investimentos que rendem juros quando os custos dos empréstimos sobem.

“Este relatório se inclina um pouco em favor dos pombos da política monetária americana que prefeririam que o Fed apertasse a política monetária em um ritmo mais lento”, disseram analistas da Kitco Metals, em nota aos clientes.

Além disso, para analistas do ABN, o dólar mais baixo, menores rendimentos dos Treasuries e a recuperação do yuan poderiam favorecer o ouro nos próximos meses. Para o primeiro trimestre de 2019, a projeção deles é que a onça-troy se valorize a US$ 1.275,00, enquanto no final do próximo ano deve chegar a US$ 1.375,00. (Com informações da Dow Jones Newswires)