O ouro encerrou o pregão desta quinta-feira, 15, em alta, em meio à notícia de que a China vai retaliar as tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos a importações do país asiático. A notícia deu força à busca por segurança nos mercados internacionais, favorecendo as cotações do ouro.

O ouro para dezembro negociado na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), avançou 0,22% para US$ 1.531,20 a onça-troy. As cotações do metal precioso já subiram 14,23% desde o último vale, em 16 de agosto de 2018, quando a onça-troy do ouro estava cotada a US$ 1.340,50.

O Ministério das Finanças da China declarou que Pequim tomará “contramedidas necessárias” como resposta às tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, em 1º de agosto, sobre bens importados do país asiático. O Escritório do Representante Comercial (USTR, na sigla em inglês) dos EUA chegou a suspender a medida para alguns bens, enquanto prorrogou para dezembro a tarifação sobre outros produtos.

Mesmo assim, o comunicado da pasta chinesa defende que os EUA violaram a trégua firmada entre os líderes das duas nações, no encontro do G20, ocorrido no final de junho, renovando tensões internacionais.

Por outro lado, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse esperar que os EUA implementem o consenso firmado no G20, para que um acordo ocorra mediante “soluções mutuamente aceitáveis”, sinalizando uma postura mais aberta ao diálogo.

A declaração de Chunying, todavia, não foi suficiente para afastar a cautela dos mercados.

“O ouro e a prata são beneficiados pela aversão a risco significativamente maior entre os agentes do mercado”, afirmou Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, em relatório divulgado a clientes.