Os contratos futuros do ouro fecharam o pregão desta terça-feira, 21, em alta, após a aprovação do fundo de recuperação da União Europeia e em meio a incertezas sobre o avanço da covid-19, principalmente nos Estados Unidos.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto avançou 1,46%, a US$ 1.843,9 a onça-troy, se aproximando mais do recorde histórico de US$ 1.891,90 a onça-troy, alcançado em agosto de 2011.

Depois de dias de negociação, os líderes europeus chegaram a um acordo nesta madrugada (de Brasília) sobre o pacote de 750 bilhões de euros para recuperar a economia do bloco da recessão causada pela pandemia de covid-19. “No entanto, isso implicará mais dívida e, portanto, degradação da moeda, o que deve beneficiar o ouro – e também a prata, indiretamente”, avalia o analista de metais Daniel Briesemann, do Commerzbank.

Além disso, o dólar mais fraco impulsiona o ouro hoje, já que o metal precioso fica mais barato para detentores de outras divisas, e as incertezas sobre a pandemia de coronavírus continuam no radar. “A evolução do número de novos casos de covid-19 permanece um quadro misto, com os EUA ainda vendo um alto número de novas infecções”, dizem analistas do Danske Bank.

Na visão da Capital Economics, os juros reais baixos no mundo também devem apoiar os preços do ouro. “Aumentamos nossa previsão para o preço do ouro, pois esperamos que os rendimentos reais caiam um pouco mais e permaneçam baixos por algum tempo”, diz a consultoria britânica, que vê o metal precioso cotado a US$ 1.900 a onça-troy no final deste ano. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)