O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 18, após quatro sessões consecutivas de perdas, apoiado pela desvalorização do dólar ante os pares. Nos últimos pregões, o metal precioso havia sido pressionado pelo câmbio e também pela alta nos juros dos Treasuries, o que torna a segurança do ouro menos atrativa para investidores.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega para abril subiu 0,12%, a US$ 1.775,0 a onça-troy.

“Uma vez que a trajetória dos rendimentos dos Treasuries seja controlada, o ouro deve começar a se estabilizar e, eventualmente, retomar seu papel de porto seguro e proteção contra a inflação”, afirma o analista de mercado Edward Moya, da OANDA.

Nesta quinta-feira, os juros dos Treasuries operam sem direção única, o que retira parte da pressão sobre o ouro. Além disso, com o dólar em queda, o metal precioso fica mais barato para detentores de outras divisas, o que eleva a demanda e, consequentemente, o preço.

Analista de metais do Commerzbank, Eugen Weinberg destaca que a “contínua euforia” recente nos mercados acionários, a alta dos juros dos Treasuries e um dólar mais forte quase levaram o ouro para o menor nível desde novembro. De acordo com o profissional do banco alemão, se o metal precioso romper essa limite, os preços podem cair ainda mais.

Os investidores também acompanham a tramitação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden. De acordo com a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, os estímulos à economia serão colocados em votação na Casa no final da próxima semana.