O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em alta nesta terça-feira, 6, e completou quatro sessões seguidas de ganhos pela primeira vez desde fevereiro, impulsionado pelo enfraquecimento do dólar e a queda dos juros dos Treasuries. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho avançou 0,82%, a US$ 1.743,00 a onça-troy.

Nas últimas sessões, o metal precioso tem se mostrado sensível ao comportamento da renda fixa nos Estados Unidos. Como ambos competem como reserva de segurança, investidores tendem a preferir títulos públicos quando os rendimentos estão elevados, uma vez que a commodity não rende juros.

Na sessão desta terça, os retornos recuaram, em meio a incertezas sobre a viabilidade do pacote de infraestrutura de US$ 2 trilhões proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Dessa forma, segundo o analista Edward Moya, da Oanda, o ouro ficou mais atraente.

“A trajetória para os rendimentos dos Treasuries, tanto nominais quanto reais, é claramente para cima, mas para os próximos um ou dois meses, uma consolidação pode ocorrer e isso será muito positivo para os preços do ouro”, explica ele.

O Commerzbank explica que o contrato conseguiu capitalizar do enfraquecimento do dólar e ignoraram indicadores macroeconômicos sólidos dos EUA. A divisa americana fraca tende a tornar commodities mais caras e, dessa forma, menos atraente.

Para o banco, o patamar de US$ 1,68 mil observado na semana passada parece ser o limite de baixa para o ativo metálico no momento. “No entanto, o ouro provavelmente terá dificuldade de romper a marca de US$ 1,76 mil”, destaca.