O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 21, e rompeu a barreira dos US$ 1.400 por onça-troy, reagindo às novas tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã, bem como às sinalizações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode vir a cortar juros no futuro.

O ouro para entrega em agosto fechou em alta de 0,23%, em US$ 1.400,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na variação semanal, o salto foi de 4,13%

Nesta sexta, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas sanções contra o Irã. As tensões entre os dois países aumentaram depois que a Guarda Revolucionária da República Islâmica derrubou um drone americano, que supostamente estava em território iraniano.

O Pentágono nega, dizendo que o drone estava em águas internacionais. Trump chegou a ordenar ataques bélicos ao país adversário, mas recuou, por acreditar que a medida seria “desproporcional”. O receio de uma guerra tende a fortalecer as cotações do ouro, considerado um ativo de segurança.

Tende a beneficiar o metal precioso, também, o tom “dovish” (mais leve) do anúncio de política monetária do Banco Central dos EUA. Na quarta-feira, o Fed decidiu manter os juros estáveis, mas sinalizou que pode realizar cortes nas taxas caso seja necessário, destacando que está atento aos indicadores da economia local e ao cenário global.