Depois de o banco Julius Baer comprar o controle da GPS Investimentos Financeiros, uma das principais empresas de aconselhamento e gestão de fortunas familiares do Brasil, outras instituições suíças querem aumentar seus domínios ou fincar bandeira no País.

O UBS está negociando a aquisição da Consenso, empresa de multi-family office, que administra mais de R$ 21 bilhões de 146 famílias, e também tem olhado com atenção para a Reliance, outra grande empresa do setor.

Nos últimos dias, entretanto, um competidor suíço começou a sondar a Reliance e a conversar com tarimbados gestores para iniciar suas operações por aqui.

Trata-se do Lombard Odier, um dos maiores private banks da Europa, fundado em 1796. O motivo para as movimentações dos suíços reside no programa de repatriação de dinheiro não declarado no exterior.

“Com a regularização de bilhões de dólares que estavam escondidos, muitos brasileiros agora podem migrar para bancos americanos que oferecem mais serviços”, diz um executivo do mercado. “Os suíços perceberam que agora terão de se mexer para manter os clientes.”

(Nota publicada na Edição 1006 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo, Márcio Kroehn e Paula Bezerra)