Bem, não foi exatamente um pedido da lista-de-ano-novo do grupo Alphabet (que controla Google e YouTube). Mas a empresa agora tem algo raro entre as corporações do Vale do Silício: um sindicato para chamar de seu, com mais de 200 funcionários só da companhia.

A motivação tem menos a ver com salários – ou mesas de pingue-pongue, cerveja e pufes coloridos para relaxar – e sim com posicionamentos corporativos. Altamente incomum para a indústria de tecnologia, a criação do sindicato está relacionada às crescentes demandas por revisões de políticas de assédio e ética.

O grupo é afiliado ao Communications Workers of America, sindicato dos trabalhadores de telecomunicações e mídia nos EUA e no Canadá. Enquanto os engenheiros de software e outros profissionais de tecnologia se mantiveram calados até aqui sobre questões sociais e políticas, os funcionários de Amazon, Pinterest, Salesforce e outros se tornaram mais ativos em questões como diversidade, discriminação salarial e assédio sexual.

(Nota publicada na edição 1204 da Revista Dinheiro)