Há países, como Estados Unidos, França e Espanha, deixando de obrigar o uso de máscara ao ar livre. Outros países europeus preveem tirar a obrigatoriedade nos próximos meses. Porém muitos deles impõem a ressalva de manter o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde.

Esta ressalva é importante, já que o conceito de ‘ar livre’ ganha nuances muito diferentes caso se consiga manter ou não a distância de outras pessoas.

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Existem três medidas não farmacológicas para prevenir os contágios por covid-19, como explica ao El Pais o presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Preventiva:

  • O método de barreira, através do uso de máscara;
  • O distanciamento social;
  • Ventilação

Tendo em conta que devem estar sempre a ser cumpridos pelo menos dois destes três critérios, o especialista explica que nunca fez sentido usar máscara em espaços exteriores se o distanciamento social estivesse garantido, já que a ventilação está, por razões óbvias, assegurada no exterior.

Mas esta situação ganha contornos diferentes em espaços exteriores muito movimentados, ou seja, em que o distanciamento recomendado não é possível, como é o exemplo das ruas nas grandes cidades ou em eventos com muitas pessoas como manifestações. Neste caso, não cumprindo o critério do distanciamento, faz sentido manter os outros dois critérios, nos quais se inclui a máscara.

Muitas vozes se levantam contra o fim da obrigatoriedade do uso da máscara, pela mensagem de relaxamento que pode trazer à população, ocasionando o não uso dentro de espaços fechados, onde continuam a ser necessárias, ou quando há encontros com outras pessoas na rua e se mantém uma conversa.

“Em ambientes exteriores há menos infecções do que em ambientes fechados. Mas há infecções quando se fala perto de outras pessoas, como em terraços”, alertou outro especialista da Universidade do Colorado.