O intenso vaivém dos 2,9 mil caminhões da FedEx no Brasil contrastou com o clima de incerteza do varejo ao longo do ano. Com mais de 100 filiais em quase 5,5 mil cidades brasileiras, a gigante americana de logística registrou em 2020 a melhor performance de sua história. O faturamento global foi de US$ 9,6 bilhões no ano fiscal encerrado em agosto – alta de 8% sobre o período anterior. “Fomos puxados principalmente pelo desempenho das vendas do e-commerce”, afirmou Luiz Roberto Vasconcelos, vice-presidente da FedEx Express e principal responsável pela operação brasileira.

“Estamos expandindo toda a nossa frota e estrutura de armazenagem para atender a demanda atual e a futura”, disse o executivo. Segundo ele, o Brasil é um dos mercados mais promissores para a FedEx no mundo. Mesmo sem revelar seus planos sobre a provável privatização dos Correios em 2021, o executivo afirmou que o potencial de crescimento no País, com suas dimensões continentais, faz com que a companhia enxergue a necessidade de aumentar os investimentos por aqui. A empresa inaugurou um novo Centro de Logística em Cajamar (SP), com a maior estrutura da companhia na América Latina. São mais de 50 mil m2, 55 mil posições de paletes, 98 docas para carga e descarga e 2 quilômetros de esteiras transportadoras. As intalações receberam aporte de US$ 5 milhões.

Nos últimos meses, a FedEx contratou cerca de 800 funcionários temporários para as funções de motorista, operador e conferente de carga, além de estender a agenda de entregas para sete dias na semana. Ao mesmo tempo, aumentou a frequência de voos semanais entre Viracopos (SP) e seu hub global em Memphis (EUA). Essa é a primeira vez que a empresa acrescenta um sexto voo de ida e volta na rota, com viagens de segunda-feira a sábado em aeronaves modelo Boeing 767-300, com capacidade de carga de 127 toneladas. Haja pacote para entregar!

(Nota publicada na edição 1198 da Revista Dinheiro)