A casa de análise independente Levante Ideias de Investimentos, dedicada a pessoas físicas, está lançando a primeira gestora de recursos do Brasil dedicada à estruturação de Exchange Traded Funds (ETF). Os ETFs são fundos de investimento cujas cotas são negociadas na bolsa, como se fossem ações de empresas, e são a aplicação financeira que mais tem se desenvolvido nos últimos anos.

Por que uma gestora especializada em ETFs?
Nossa missão é ajudar os brasileiros a investir melhor, fornecendo informações que permitam tomar decisões de investimentos. Ao lançarmos ETFs, avançamos nesse sentido, pois ampliamos as alternativas de investimento disponíveis, proporcionando um custo menor para os investidores.

Por que os custos são importantes?
O mercado de investimentos para pessoas físicas no Brasil se transformou totalmente na última década. A redução da taxa Selic a níveis civilizados será duradoura. Nesse cenário, os custos têm prejudicado fortemente o desempenho de muitos fundos. Notamos que há fundos de investimento excelentes no mercado, com desempenho acima da média e qualidade de gestão condizentes com as taxas que cobram. No entanto, há vários fundos que não conseguem bater seus benchmarks e, mesmo assim, cobram caro do cotista. Por isso julgamos que a cultura de cobrar 2% de taxa de administração mais 20% de taxa de performance acima do indicador, o chamado 2 com 20, não se sustenta no patamar atual da Taxa Selic.

Quais ETFs serão lançados?
Esses fundos seguem índices de mercado. Podem ser índices de ações, como o Ibovespa, ou índices de títulos de renda fixa. Em um primeiro momento, vamos lançar ETFs que reproduzem índices brasileiros de ações. Posteriormente, estamos estudando o lançamento de ETFs setoriais, dedicados a índices setoriais negociados tanto no Brasil quanto no exterior.

Há espaço para mais ETFs?
Sem dúvida. Atualmente, há 23 ETFs listados na B3, sendo 17 de renda variável e seis de renda fixa. Só para comparar, nos Estados Unidos, até setembro, a Bolsa de Nova York registrava 2.373 ETFs listados.
Em Wall Street a média diária das transações supera US$ 110 bilhões.

Haverá interesse?
Sim. O número de investidores com posição em custódia em ETFs na B3 cresceu fortemente neste ano e chegou a 245 mil, mas ainda está bastante distante dos mais de 3 milhões de investidores ativos em ações. E a possibilidade de diversificar as aplicações por meio de investimentos em ETFs vai completar essa transformação e ampliar as possibilidades do investidor comum. Vamos fazer exclusivamente para o varejo, esse é nosso foco.

Quando os ETFs serão lançados?
Estamos contratando pessoas e montando uma estrutura específica para isso. Devemos ter os primeiros lançamentos no primeiro trimestre de 2021.

CARTÕES
Fintech alcança R$ 1 bilhão em faturamento

A FortBrasil, empresa especializada na administração de cartões Private Label co-branded, atingiu pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em vendas em um mesmo ano. Esse número equivale ao fechamento dos meses entre janeiro e outubro de 2020. O montante representa um aumento de 38,4%, em comparação ao mesmo período do ano passado. A fintech conta atualmente com 2 milhões de clientes em todo o território nacional. A administradora de cartões tem parceria com mais de 350 varejistas. No total, são 38 mil estabelecimentos credenciados com a bandeira FortBrasil, além dos locais que trabalham com a bandeira Mastercard.

PAGAMENTOS
PicPay vai remunerar investidores

A empresa de pagamentos PicPay vai remunerar os clientes que deixarem dinheiro em sua carteira digital. Os recursos terão rendimento equivalente a 210% dos juros de mercado medidos pelo CDI, para valores inferiores a R$ 250 mil. Antes, a rentabilidade era de 100% do CDI. A PicPay mantém os recursos dos clientes investidos em títulos públicos federais, mas o rendimento será pago diretamente pela empresa, sem relação com o rendimento da aplicação financeira dos saldos dos clientes.

Número da semana
R$ 2,6 trilhões 

É o valor acumulado das concessões de crédito entre 1º de março e 23 de outubro deste ano, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na terça-feira (3). O montante inclui contratações, renovações e suspensão de parcelas. Também inclui os números oficiais divulgados pelo Banco Central (BC) para os meses de março a setembro, que atingiram R$ 2,3 trilhões. Entre 16 de março e 23 de outubro, o setor já renegociou 15,6 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 917,6 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 127,6 bilhões. Esses valores trazem alívio financeiro imediato para empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência de 60 a 180 dias para pagar suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 69,6 bilhões). No mesmo período, informou a Febraban, o setor bancário já fez concessões de crédito para as micro e pequenas empresas de cerca de R$ 247,8 bilhões, incluindo novos contratos e renovações.