A instabilidade do câmbio apresentada nas últimas semanas chamou a atenção até de quem está acostumado com o vai-e-vem da moeda americana. “Esperava-se que a volatilidade chegasse depois da Copa, mas ela veio antes”, diz Marcus Vinícius Gonçalves, CEO da Franklin Templeton no Brasil. “Mas essa é uma boa oportunidade de discutir as reformas.” O que tem feito os investidores perderem o sono é a incerteza sobre as eleições presidenciais. Mas, segundo Gonçalves, que representa uma gestora que administra US$ 750 bilhões em ativos, dos quais US$ 50 bilhões estão investidos no Brasil, não é o estrangeiro que está preocupado. “Eles não ficam olhando a última pesquisa eleitoral. Eles têm uma visão positiva da economia brasileira, sabem que existem muitos ativos baratos na Bolsa e que as discussões sobre as reformas são inevitáveis.”

(Nota publicada na Edição 1074 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Pedro Arbex)