Na contramão do que prega o presidente Donald Trump, os órgãos federais de saúde dos Estados Unidos estão receosas quanto ao retorno das atividades trabalhistas no país que mais concentra casos de infectados e mortos pelo coronavírus no mundo – 1,2 milhão e 71 mil, respectivamente – e projetam que o fim da quarentena possa gerar um colapso do sistema de saúde no começo de junho.

Segundo o Business Insider, funcionários da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertaram em uma série de telefonemas que os atuais estoques de equipamentos e materiais médicos dos EUA não são suficientes para lidar com uma segunda onda de coronavírus.

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Em gravações de áudio de 24 de abril a 1 de maio obtidas pelo site Politico, funcionários da FEMA alertaram que várias prestadores de serviços médicos em algumas regiões do país estão correndo risco com falta de roupas hospitalares e outros equipamentos de proteção individual, como luvas e roupas.

O problema, alertam, não está no número de funcionários disponíveis para atuar no combate ao coronavírus, mas garantir testes e equipamentos de proteção.

Trump, por outro lado, está confiante sobre a disponibilidade de suprimentos hospitalares como ventiladores, máscaras e testes de coronavírus. Se alguns locais estão em falta, avalia o presidente, é culpa dos estados.

“Os ventiladores, que eram poucos e em mau estado, agora estão sendo produzidos aos milhares, e temos muitos de sobra”, escreveu Trump no Twitter nesta quarta-feira (6), avaliando que agora os equipamentos “são abundantes”.