Em operação padrão desde o fim de 2021 por conta de reivindicações salariais, os auditores da Receita Federal têm atrasado a liberação de produtos importados como bebidas alcoólicas, diesel e máquinas.

De acordo com o UOL, diversas associações reclamam da demora maior do que o normal para as liberações. Os auditores estão fazendo uma espécie de operação tartaruga, onde fazem uma fiscalização mais rigorosa do que de costume em documentos e liberações. 

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O presidente-executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) Sérgio Araújo conta que as liberações que antes aconteciam no mesmo dia estão chegando a levar 17 dias desde que foi adotada a operação padrão, no último dia 24 de dezembro.

Adilson Carvalhal, presidente da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA) também explica que a armazenagem dos produtos na zona primária acaba gerando mais custos na importação.

Já o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) Paulo Castelo Branco conta que muitos produtores rurais compram equipamentos no segundo semestre para que cheguem no início do ano e estão sendo impactadas pelo atraso.   

Todos eles dizem que o custo de armazenagem a mais que as empresas importadoras estão tendo que arcar pode ser passado para o consumidor final.

O reajuste da categoria não está no orçamento para 2022, já que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou R$1,7 bilhão somente para os reajustes dos policiais federais, categoria estratégica para ele em ano eleitoral.