O Brasil será o principal destaque da produção de petróleo entre os países em desenvolvimento, segundo relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 2017. A entidade revisou para baixo nesta quarta-feira, 12, sua estimativa para a oferta do grupo no ano em 21 mil barris por dia (bpd) em relação à projeção feita um mês atrás. Com isso, a produção deve crescer em 100 mil bpd este ano na comparação com 2016, para uma média de 12,31 milhões de bpd.

“A região-chave para o crescimento deverá ser a América Latina – principalmente do Brasil – para uma a média de 5,25 milhões de bpd”, salientou a Organização em relatório divulgado no período da manhã.

Em menor grau, de acordo com o documento, também devem contribuir a África, com 50 mil bpd. A Opep prevê ainda que o abastecimento de petróleo de outros países asiáticos apresente um declínio de 50 mil bpd, para uma média de 3,68 milhões de bpd, principalmente da Indonésia. Há também um declínio esperado de 50 mil bpd no Oriente Médio, com queda de produção para 1,23 milhão de bpd.

Apesar da ênfase dada ao Brasil e à América Latina, a instituição revisou os números do país e da região para baixo no relatório de março. A previsão de aumento de 150 mil de bpd em 2017 na comparação com 2016 sofreu uma baixa de 32 mil bpd no relatório atual, para uma média de 5,25 milhões de barris diários este ano. “Estima-se que o crescimento esperado no Brasil contrabalançará a queda em outros países.”

A projeção de produção de óleo em 2017 para o Brasil foi revisada para baixo por 56 mil barris por dia, para 3,35 milhões de bpd, um crescimento de 210 mil barris por dia em relação a 2016.