Com o recente anúncio de um milhão de mortes causadas pelo coronavírus, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta quarta-feira, 30, uma abordagem comum entre governos e o setor privado para combate à covid-19 por meio acelerador ACT, com investimento de quase US$ 1 bilhão. O ACT foi desenvolvido em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há cinco meses e necessita de pelo menos mais US$ 35 bilhões para cumprir as meta de produzir dois bilhões de doses de vacina, 245 milhões de tratamentos e 500 milhões de testes.

Mais urgentemente, o ACT requer US$ 15 bilhões para apoiar a capacitação para pesquisa e desenvolvimento, fabricação, aquisição e sistemas de entrega – até o final do ano. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres elogiou o “esforço internacional extraordinário para enfrentar uma crise humana como nenhuma outra em nossas vidas”, acrescentando que mais esforços devem ser feitos para “aprofundar” ainda mais o notável progresso até agora.

Uma coalizão de 16 empresas farmacêuticas e a Fundação Bill & Melinda Gates assinaram um acordo para cooperar na fabricação de vacinas e aumentar a produção. Bill Gates, co-presidente da fundação disse que as pandemias criam uma dinâmica surpreendente quando se trata de interesse próprio e altruísmo. “As pandemias são casos raros em que o instinto de um país de ajudar a si mesmo está estreitamente alinhado com seu instinto de ajudar os outros. O interesse próprio e o altruísta – garantir que as nações pobres tenham acesso às vacinas – são a mesma coisa”, destacou.

O Reino Unido doou US$ 732 milhões para o pilar de desenvolvimento de vacina, a covax. “Temos o dever de garantir que vacinas, tratamentos e testes para covid-19 estejam disponíveis para todos. A colaboração por meio do ACT é crítica para promover o desenvolvimento, a produção e o acesso para todos os países “, disse o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab.

Além do Reino Unido, países como Canadá (US$ 332 milhões), Alemanha (US$ 117 milhões), Suécia (US$ 10 milhões) investiram no desenvolvimento da Covax . O Banco Mundial prometeu US$ 12 bilhões para apoiar países em desenvolvimento na compra de vacinas assim que o recurso estiver disponível. “A ciência está nos dando soluções, na forma de novos testes, terapias e – esperançosamente – uma vacina. Mas a ciência e as soluções serão ineficazes sem solidariedade. Mas ainda temos uma lacuna de financiamento significativa para fechar”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-Geral da OMS.