As Nações Unidas disseram nesta terça-feira (7) que esperam novos esforços para reduzir as tensões na península coreana depois que a China respondeu com raiva à implantação americana do sistema de defesa antimísseis THAAD na Coreia do Sul.

“Esperamos que os esforços se intensifiquem para encontrar um caminho que reduza as tensões e para trabalhar pela desnuclearização da península coreana”, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq, aos repórteres.

O Comando Pacífico americano disse na segunda-feira (6) que seus militares começaram a implantar o sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) na Coreia do Sul, destinado a defender seu aliado de ataques da Coreia do Norte.

A China respondeu que se “opunha firmemente” à implantação e prometeu “tomar as medidas necessárias” para defender seus interesses sobre segurança.

O anúncio feito pelos militares americanos ocorreu após a Coreia do Norte lançar quatro mísseis que seriam parte de um treinamento par atingir bases americanas no Japão. Três desses mísseis caíram em águas próximas à ilha.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá na quarta-feira (8) para discutir os últimos lançamentos de mísseis feitos pela Coreia do Norte e possíveis novas medidas para punir Pyongyang por violar resoluções da ONU.

A China, membro permanente do conselho e principal aliado de Pyongyang, argumentou que a implantação do THAAD poderia desestabilizar a situação na península coreana.

O Conselho impôs seis conjuntos de sanções à Coreia do Norte – duas delas adotadas no ano passado para aumentar significativamente as medidas e impedir que o regime de Kim Jong-Un tenha receitas significativas.

Um relatório recente feito por um painel de especialistas da ONU disse que a Coreia do Norte está recorrendo a formas de contornar as sanções, através da criação de empresas de fachada, principalmente na China e Malásia.

O relatório levantou questões sobre o compromisso da China de implementar sanções contra a Coreia do Norte.