O relatório do Índice de Normas Sociais de Gênero (INSG) realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirmou que 90% dos entrevistados nutre algum preconceito contra mulheres. 

Metade da população mundial ainda acredita que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres e mais de 40% acredita que os homens são melhores executivos de negócios do que as mulheres. Além disso, 25% das pessoas acreditam que é justificável um homem bater em sua mulher. No Brasil, 84,5% dos entrevistados admitem que têm preconceito de gênero. 

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O relatório aponta que o preconceito é um obstáculo para o crescimento econômico das mulheres. Mesmo nos 59 países onde as mulheres têm melhores índices educacionais que os homens, a diferença média de renda entre os gêneros permanece em 39 por cento a favor dos homens.

“Normas sociais que prejudicam os direitos das mulheres também são prejudiciais para a sociedade de forma mais ampla, prejudicando a expansão do desenvolvimento humano. A falta de progresso nas normas sociais de gênero está ocorrendo em meio a uma crise de desenvolvimento humano. Todos têm a ganhar ao garantir liberdade e autonomia para as mulheres”, afirma o chefe do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD global, Pedro Conceição. 

O levantamento também destaca que os governos estão tendo uma participação essencial na diminuição da desigualdade de gênero. Por exemplo, políticas de licença parental têm alterado as percepções sobre responsabilidades no trabalho de cuidado, e reformas no mercado de trabalho levaram a uma mudança de crenças em relação ao emprego das mulheres. 

Somente em 2023 foi aprovado no Brasil um projeto de lei que estabelece mecanismos e mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para garantir a punição para empresas que praticam a diferença de salários entre homens e mulheres com a mesma função.