O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a previsão de crescimento da carga de energia no País em outubro para 2,1%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, abaixo dos 2,8% estimados inicialmente, na primeira revisão do Programa Mensal de Operação (PMO). A carga no chamado Sistema Interligado Nacional (SIN) deve chegar a 68.845 MW médios.

Houve redução das estimativas na maior parte do País. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, o corte na projeção foi de 400 MW médios, ou 1,1 ponto porcentual (p.p.), para 40.276 MW médios, carga 2,4% maior frente o registrado em outubro do ano passado.

Já no Nordeste, a diminuição foi de 103 MW médios (0,9 p.p.), para 11.129 MW médios, o que corresponde a uma queda de 2,1% na comparação anual. No Norte, por sua vez, a redução foi de 17 MW médios (0,4 p.p.), para 5.791 MW médios, alta de 5,1% frente outubro de 2018. Na contramão, a previsão de carga para o Sul cresceu 29 MW médios (+0,3 p.p.), para 11.649 MW médios, 2,6% maior na comparação anual.

Hidrologia

O ONS também reduzir a previsão de chuvas em todo o País, para níveis ainda mais baixos ante a média histórica para outubro. A Energia Natural Afluente (ENA) na região Sudeste, considerada a caixa d’água do País, deve ficar em 63% da média de longo termo (MLT) para o período, ante previsão inicial de 72%. No Sul, o volume de água que chegará aos reservatórios chegará a 37% da MLT, 9 pp abaixo do estimado anteriormente. Nordeste, o porcentual passou de 37% para 33% da médias histórica de outubro e no Norte, a afluência ficará em 59%, abaixo dos 65% estimados na semana passada.

Com as novas afluências esperadas, o nível dos reservatórios deve cair mais que o previsto, especialmente no Sudeste e Sul. No Sudeste, a Energia Armazenada deve chegar a 22,9% em 31 de outubro, abaixo dos 23,7% estimados inicialmente, enquanto o Sul o indicador ficará em 36,4%, ante os 38,7% anteriormente estimados. No Nordeste a Energia Armazenada esperada para o fim de outubro foi mantida em 37,3%, e no Norte a baixa foi de 0,4 p.p. Na projeção, para 31,4% ao fim do mês.

CMO

Diante de tais projeções, o ONS elevou em 12,9% o Custo Marginal de Operação (CMO) para a próxima semana operativa (entre 5 e 11 de outubro) em todos os sistemas do País, para R$ 259,49 por megawatt-hora (MWh), ante os em R$ 229,83/MWh da semana passada.

O CMO é utilizado como referência para a definição do PLD, indicador que deve ser divulgado esta tarde pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O PLD é uma das variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada no próximo mês.