As chuvas devem ficar acima da média em novembro no Centro-Sul do País. Segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o volume de água que chegará aos reservatórios das usinas ao longo do mês que vem ficará em 109% da média histórica para o período no Sudeste e em 103% no Sul. Ainda assim, a perspectiva é de não haja recuperação do nível dos reservatórios nas duas regiões, encerrando novembro com 20,4% da capacidade e 65,9%, respectivamente, ante os 20,6% e 68,9% anotados na quinta-feira, 25.

No Nordeste, que atravessa um longo período de estiagem, a situação segue desfavorável, com chuvas em 60% da média histórica em novembro. Já o nível dos reservatórios permanecerá relativamente estável, passando dos 25,9% registrados na quinta para 26,1%.

Já no Norte, a afluência esperada é de 78% da média histórica para novembro, o que acarretará em uma queda de 10,3 pontos porcentuais na Energia Armazenada (EAR), para 19%.

Em relação à carga, a projeção do ONS aponta para um crescimento da ordem de 2% no mês que vem, em relação a igual período do ano passado, no Sistema Interligado Nacional (SIN), para 67.330 MW médios.

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, deve registrar uma carga de 39.142 MW médios, o que corresponde a uma alta de 2,4% frente ao anotado na mesma etapa de 2017, enquanto no Sul a previsão é de 11.506 MW médios, expansão de 2,9%. No Nordeste, a carga deve crescer 1,3%, para 11.113 MW médios, enquanto o Norte deve registrar queda de 0,9%, para 5.569 MW médios.

CMO

Diante de tais projeções, o ONS calculou um Custo Marginal de Operação (CMO) de R$ 136,81 por megawatt-hora (MWh) na média da primeira semana operativa de novembro (entre 27 de outubro e 2 de novembro) para todos os subsistemas, uma queda de 39,5% em relação aos R$ 226,32/MWh calculados na semana passada.