A carga de energia, proxy do consumo de eletricidade, alcançou em setembro 69.322 MW médios no Sistema Interligado Nacional (SIN), volume 3,8% maior que o verificado no mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 17, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em relação a agosto, o crescimento é ainda mais significativo, de 7,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, entretanto, a carga do SIN segue apresentando queda, de 1,7%.

Dentre as regiões do País, destaque para o Sul, que apresentou o maior avanço em setembro na comparação com igual mês de 2019, de 5%, somando 11.477 MW médios. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, registrou aumento de 3,6% nos períodos comparados, para 40.831 MW médios. A carga do Nordeste cresceu 3,2%, chegando a 11.033 MW médios, enquanto a região Norte teve alta de 4,1%, para 5.981 MW médios.

O operador salientou que a carga de energia manteve em setembro a trajetória positiva iniciada em junho deste ano, tendo em vista a recuperação das atividades econômicas, após a flexibilização das medidas de isolamento social, para tentar conter a pandemia do coronavírus.

“Também contribuiu para a melhoria dos índices a elevação das temperaturas nos termômetros em grande parte do Brasil”, acrescentou a instituição, salientando que com a permanência das pessoas em suas casas, este fator intensificou a utilização de equipamentos de refrigeração ou ventilação nas residências, resultando em elevação do consumo.

O ONS também destacou que durante o mês, notou-se a retomada das unidades industriais eletrointensivas, cujo consumo vinha se mantendo reduzido desde março, o que também alavancou o uso da eletricidade.