11/02/2020 - 13:34
A OMS estimou nesta terça-feira (11) que há uma “chance realista de parar” a disseminação no mundo do novo coronavírus, a partir de agora oficialmente chamado “COVID-19”.
“Se investirmos agora (…), temos uma chance realista de interromper esta epidemia”, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa em Genebra.
Ele também anunciou que, de agora em diante, o novo coronavírus será chamado de COVID-19, que substituirá o nome provisório estabelecido anteriormente “2019-nCoV”.
O novo nome foi escolhido por ser “fácil de pronunciar”, mas sem referência “estigmatizante” a um país, ou população, em particular, disse.
Ele explicou que “CO” significa corona, “VI” é vírus, e que “D” foi escolhido por “doença”. O número 19 indica o ano de sua aparição (2019).
A transcrição oficial da OMS coloca todas as letras maiúsculas.
Cerca de 400 cientistas de todo mundo iniciaram uma reunião de dois dias nesta terça-feira para intensificar a luta contra a doença.
Na abertura da conferência, Tedros descreveu a epidemia como “uma ameaça muito séria” para o mundo, exortando países e cientistas a intensificar os esforços e a coordenação para superá-la.
Ele também observou que “os vírus pode ter consequências mais poderosas do que qualquer ato terrorista”.
Mais de 42.600 pessoas foram infectadas na China continental e pelo menos 1.016 delas morreram.
Fora da China continental, o vírus matou duas pessoas (uma nas Filipinas e uma em Hong Kong) e mais de 400 casos foram confirmados em cerca de 30 países e territórios.
O chefe da OMS também expressou o medo de ver a epidemia se espalhar para países com meios de saúde frágeis. “Se o vírus entrar em um sistema de saúde mais fraco, pode causar caos”, disse ele.