Por Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs uma segunda fase de estudos sobre a origem do coronavírus na China, incluindo auditorias de laboratórios em Wuhan, mas ainda não há sinal de que o governo chinês aceitaria um inquérito internacional adicional, disseram diplomatas.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apresentou o plano a países-membros em uma reunião a portas fechadas nesta sexta-feira, um dia depois de dizer que investigações estão sendo dificultadas pela falta de dados brutos sobre os primeiros dias de disseminação do novo coronavírus na China.

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Uma equipe liderada pela OMS passou quatro semanas dentro e nos arredores da cidade de Wuhan com pesquisadores chineses, e disse em um relatório conjunto divulgado em março que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos a humanos através de outro animal.

Mas países que incluem os Estados Unidos e alguns cientistas exigem mais investigação, particularmente do Instituto de Virologia de Wuhan, que estava realizando pesquisas com morcegos.

O plano da OMS pede estudos adicionais na China –mas não em outros países– e especificamente auditorias de laboratórios no entorno de Wuhan, disseram diplomatas.

A missão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra não respondeu a um pedido de comentário.

A China qualifica a teoria de que o vírus pode ter escapado de um laboratório de Wuhan como “absurda” e disse várias vezes que “politizar” o tema atrapalharia as investigações.

(Reportagem adicional de Cecile Mantovani)

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