A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu à China neste sábado (14) que forneça dados mais detalhados sobre a situação de covid-19 no país, após Pequim reportar quase 60 mil casos de mortes ligadas à doença em apenas um mês.

O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, solicitou “um seleção cronológica mais detalhada dos dados por província”, em conversa telefônica com Ma Xiaowei, diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, segundo um comunicado da organização internacional.

“Tedros também reiterou a importância de uma maior cooperação e transparência da China”, já que este material “possibilita entender melhor a situação epidemiológica e o impacto desta onda” da doença no país, diz o documento.

A China tem sido criticada por sua falta de transparência sobre a pandemia de covid-19.

No início de dezembro, o país retirou a maioria das restrições sanitárias contra o coronavírus, após protestos contra a rigidez das medidas. Desde então, o número de infecções tem crescido consideravelmente.

No último mês de 2022, as autoridades de saúde só haviam registrado 10 mortes pela doença. Mas, no sábado, a Comissão Nacional de Saúde divulgou um importante balanço sobre a situação no país.

“Um total de 59.938 mortes relacionadas à covid-19 foram registradas entre 8 de dezembro de 2022 e 12 de janeiro de 2023”, disse a chefe do escritório de administração médica da Comissão, Jiao Yahui.

Os dados, no entanto, não contabilizam as mortes fora do sistema de saúde chinês, portanto, provavelmente estão subnotificados.

A OMS está “analisando a informação” e pede que “este tipo de dado detalhado continue a ser compartilhado conosco e com a sociedade”, finalizou o comunicado.