É possível acabar com a fase aguda da pandemia de coronavírus este ano, afirmou nesta segunda-feira (24) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora atualmente a covid-19 provoque uma morte a cada 12 segundos no mundo.

“Podemos acabar com a fase aguda da pandemia este ano, podemos acabar com a covid-19 como emergência sanitária mundial”, o nível de alerta mais alto da OMS, declarou seu diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

No entanto, o responsável alertou que é “perigoso supor que a ômicron (variante muito transmissível) será a última”, porque as condições são “ideais” no mundo para que outras variantes surjam, inclusive outras mais transmissíveis e virulentas.

Para acabar com a fase aguda da pandemia, os países não devem ficar de braços cruzados e são obrigados a lutar contra a desigualdade na vacinação, vigiar o vírus e suas variantes e aplicar restrições adaptadas, explicou o especialista, na abertura do comitê executivo da OMS, que se reúne toda semana em Genebra.

Tedros Adhanom Ghebreyesus pede há semanas insistentemente aos Estados-membros que acelerem a distribuição de vacinas nos países pobres, com o objetivo de conseguir vacinar 70% da população de todos os países do mundo em meados de 2022.

Metade dos 194 Estados-membros da OMS não alcançaram o objetivo de chegar a 40% da população vacinada no final de 2021, segundo a instituição.

Enquanto isso, o coronavírus continua fazendo vítimas. Na semana passada, uma pessoa morreu a cada 12 segundos no mundo devido à doença e a cada três segundos foram registrados 100 novos casos, segundo o diretor da OMS.

O surgimento da variante ômicron em novembro disparou os casos. Desde então, foram contabilizados 80 milhões de novos contágios.

Mas “até agora, a explosão de casos não foi acompanhada por um aumento das muertes, embora as mortes tenham aumentado em todas as regiões, sobretudo na África, a região com menos acesso às vacinas”, segundo o responsável.

“É verdade que viveremos com a covid (…), mas aprender a viver com ela não deve significar que temos que deixar o caminho livre. Não deve significar que temos que aceitar que 50.000 pessoas morram toda semana devido a uma doença que podemos prevenir e nos recuperar”, disse.