Mundo OMS declara pandemia de coronavírus O que já era grave ficou pior. Na quarta-feira 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus no planeta. Assim, a instituição mais importante ligada à saúde global reconheceu que a simples estratégia de conter a proliferação da doença não é o bastante para controlar seus efeitos. Ao declarar pandemia, a OMS alerta que vírus está sendo transmitido simultaneamente em diversas regiões do mundo. A postura da entidade passa um importante recado aos governos: o de que estratégias para combater casos específicos precisam ser trocadas por ações mais amplas, com planos que evitem a proliferação da enfermidade e, consequentemente, mais mortes. Na última semana, o número de países com casos confirmados de coronavírus mais do que dobrou, saltando de 45 para 114. Em todo o planeta, já são quase 120 mil casos confirmados – 80 mil na China – e cerca de 4,3 mil mortes. Os outros países mais afetados são Coreia do Sul, Irã e Itália. Com 10,6 mil infectados e mais de 800 mortes, os italianos estão em regime de quarentena nacional e alguns dos pontos turísticos mais famosos do mundo, como Veneza e o Coliseu de Roma, têm estado vazios. No Brasil, até a noite da quinta-feira 11 havia cerca de 70 casos confirmados, sem nenhuma morte.

Alan Santos

“Temos uma pequena crise. No meu entender, é muito mais fantasia, a questão do coronavírus. Não é isso tudo o que a grande mídia propaga pelo mundo todo” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, na terça-feira 10, durante a Conferência Internacional, em Miami, um dia antes de a Organização Mundial da Saúde decretar pandemia pelo Coronavírus. Da sua bolha ideológica, Bolsonaro segue achando que está tudo bem e que o problema é a imprensa.

Inflação de fevereiro fica em 0,25%, a menor dos últimos 20 anos

Suamy Beydoun

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou fevereiro em 0,25%. É o menor resultado para o mês desde 2000, quando ficou em 0,13%. O número, divulgado na quarta-feira 11, ficou cerca de 20% acima da taxa de janeiro, que foi 0,21%. No acumulado deste ano, o IPCA tem alta de 0,46%, contra crescimento de 4% registrado nos últimos 12 meses. De todos os produtos e serviços, a maior variação foi no setor de Educação, com alta de 3,7%, muito devido aos reajustes aplicados pelo comércio nos produtos escolares no início do ano letivo. Por outro lado, o setor de alimentação e bebidas registrou queda de 0,11%, tendo como principal fator
a redução nos preços das carnes (-3,5%). Em relação às cidades, o Rio de Janeiro foi a única a ter deflação, com os preços caindo em média 0,02%. Na outra extremidade, Fortaleza registrou a maior inflação entre as 17 Regiões Metropolitanas incluídas no estudo, com alta de 0,8%.

Faturamento de operadoras de turismo cresceu 1,4% em 2019

Filipe Frazão

Um dos setores mais afetados pelo crise do coronavírus, o turismo nacional registrou aumento no ano passado. Em relatório divulgado na terça-feira 10, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) destacou que o faturamento das empresas do segmento teve alta de 1,4% em 2019, alcançando R$ 15,1 bilhões. Apesar de celebrado, o crescimento na receita não ocultou outro número: a quantidade de pessoas que viajaram pelo País no ano passado diminuiu 1,4%, caindo para 6,5 milhões. Para o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, o choque de números é explicado pela desvalorização do real em relação ao dólar. “Apesar de termos um número menor de viajantes, por causa da influência do câmbio, as pessoas que viajaram gastaram mais”, disse. Em relação aos destinos internacionais preferidos dos brasileiros, a América do Sul foi a campeã, com 30,4% dos embarques. A Europa ficou em segundo lugar (28,4%), com a América do Norte em terceiro (19,2%). No turismo interno, a região Nordeste liderou com folga, com 51,8% dos embarques. Segundo colocado no ranking, o Sudeste teve menos da metade dos nordestinos (22,1%), enquanto o Sul ficou com 19,2% dos embarques e as regiões Norte e Centro Oeste somaram apenas 6,9% das viagens.

Norma que reduziu ICMS de agrotóxicos pode ser suspensa

Divulgação

Articulado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no ano passado,
o acordo que reduziu em 60% a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas saídas interestaduais de diversos insumos agropecuários, entre eles os agrotóxicos, pode estar com os dias contados. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, acaba de dar entrada o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 57/20, que visa a anulação do convênio que reduziu o ICMS de produtos como inseticidas, fungicidas e desfolhantes. Autor do pedido de suspensão, o deputado federal Célio Studart (PV) afirma que o benefício tributário incentiva os produtores rurais a usar agrotóxicos de forma indiscriminada. “Isso prejudica a saúde das pessoas e do meio ambiente”, diz Studart. “O Parlamento brasileiro não pode ser conivente com este ato”. Agora, o PDL seguirá para a análise das comissões de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será estudado pelo Plenário da Câmara.

Tesla chega a 1 milhão de carros elétricos

Andrei Stanescu

Comandada pelo empresário sul-africano Elon Musk, a Tesla alcançou um número eloquente. Na terça-feira 10, a montadora americana, que produz apenas veículos elétricos, atingiu a impressionante marca de 1 milhão de carros fabricados. Fundada em 2003, a Tesla tem valor de mercado avaliado em mais de US$ 100 bilhões, cifra superior à soma dos valores de Ford, GM e Fiat, três gigantes do setor. Pelo Twitter, Musk deu os parabéns á sua equipe, ao divulgar o carro de número 1 milhão da companhia.