As emergências sanitárias vinculadas ao clima crescem na África, onde as frequentes inundações e as doenças transmitidas pela água agravam as crises, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (6).

Segundo uma análise da OMS, essas emergências representam “mais da metade dos casos de saúde pública registrados na região nas últimas das décadas”, informa um comunicado de seu escritório regional.

Esta análise mostra que “56% dos 2.121 casos de saúde pública registrados na região africana entre 2001 e 2021 estão relacionados ao clima”.

Na África, “as frequentes inundações e as doenças transmitidas pela água e de transmissão vetorial agravam as crises sanitárias”, declarou a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, citada no comunicado.

“Embora o continente seja o que menos contribui para a mudança climática, é o que sofre todas as suas consequências”, acrescenta.

A OMS celebra, na quinta-feira (7), o Dia Mundial da Saúde sob o slogan “nosso planeta, nossa saúde”. Recomenda “aos governos priorizar o bem-estar humano em todas as decisões essenciais, deter as novas prospecções e subsídios aos combustíveis fósseis, taxar os poluidores e implementar suas diretrizes sobre a qualidade do ar”.

Na África, “as doenças diarreicas são a terceira principal causa de doença e morte em crianças menores de 5 anos. Uma proporção significativa dessas mortes pode ser evitada com água potável, higiene e saneamento adequados”, enfatizou a OMS.