A pandemia de COVID-19 “continua acelerando” no mundo, com um milhão de casos registrados em apenas oito dias, advertiu nesta segunda-feira o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Sabemos que a pandemia é muito mais que uma crise de saúde, é uma crise econômica, social e, em muitos países, política. Seus efeitos serão sentidos durante décadas”, afirmou Adhanom Ghebreyesus em uma conferência virtual organizada por Dubai.

 

A advertência do diretor da OMS acontece no momento em que vários países entram em uma fase de flexibilização do confinamento para reativar suas economias.

Na semana passada, o diretor da OMS chamou esta nova fase de “perigosa”, ao destacar que apesar da necessidade de colocar um ponto final nas restrições, o vírus prosseguia com “propagação rápida” e continuava sendo “mortal”.

“Foram necessários mais de três meses para alcançar o primeiro milhão de casos registrados. O último milhão de contágios aconteceu em apenas oito dias “, insistiu.

O diretor da OMS também pediu aos governos que se preparem para futuras pandemias que podem acontecer “em qualquer país a qualquer momento e matar milhões de pessoas, porque não estamos preparados”.

“Não sabemos onde nem quando acontecerá a próxima pandemia, mas sabemos que terá um impacto terrível sobre a vida e economia mundiais”, advertiu Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 465.300 pessoas em todo o mundo. A COVID-19 foi detectada pela primeira vez em dezembro na China.

Os países mais afetados são Estados Unidos (119.959 mortos), Brasil (50.617), Reino Unido (42.632), Itália (34.634) e França (29.633).

O Brasil tem mais de um milhão de casos de COVID-19 e a América do Sul é o atual epicentro da pandemia, com 20.000 mortos no México, mais de 8.000 no Peru e mais de 1.000 na Argentina.