Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram nesta quarta-feira(6) que há seis meses de um “caminho difícil, difícil” pela frente antes que as vacinas possam reverter a tendência e derrotar o coronavírus.

A situação em muitos países é preocupante e pode piorar, disse Maria Van Kerkhove, chefe da equipe técnica para o novo coronavírus.

“Alguns países estão realmente vivendo uma transmissão incrivelmente intensa”, particularmente na Europa e na América do Norte, disse ela.

Os números de internações e entradas em unidades de terapia intensiva são “muito alarmantes”, afirmou.

Reuniões de família durante as festas de final de ano vão causar aumento de casos em janeiro, informou a especialista durante um evento da OMS nas redes sociais.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, explicou que as vacinas trouxeram um alívio em dezembro, mas as populações ainda não podem baixar a guarda.

“Estamos nisso há um ano. É uma batalha muito, muito longa”, disse ele. “Ainda temos de três a seis meses de estrada difícil pela frente. Mas podemos fazer isso”, disse ele.

Quanto às novas mutações do coronavírus que apareceram no Reino Unido e na África do Sul, elas aparentemente não estão piorando a gravidade da pandemia, disse Van Kerkhove.

A mutação, que se transmite mais rapidamente, “não é catastrófica no sentido de que está fora de controle e nada pode ser feito”, disse ele.

Mesmo no caso improvável de que as vacinas atuais não sejam eficazes contra essas novas variações, “elas são relativamente fáceis de modificar”, disse Ryan.