A variante Ômicron do coronavírus já ameaça as festas de Réveillon, o Carnaval de 2022 e diversas viagens internacionais. Conforme avançam os estudos científicos sobre a nova cepa, que já se tornou dominante em diversos países da Europa, boas e más notícias são reveladas.

Apesar das mais de 600 mil mortes brasileiras por Covid-19, a atual situação da pandemia é melhor que a vivida no último ano novo, quando a variante alfa levou a novas medidas de isolamento e ainda não havia vacinas disponíveis.

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Um estudo sul-africano publicado na revista científica medrxiv, sugere que a Ômicron, embora se dissemine em velocidade preocupante, tem chance de hospitalização até 70% menor em relação à variante delta. Se comparada com as primeiras cepas (Alfa, Beta e Gama), o percentual chega a 80%.

Apesar de parecer menos letal, a redução de severidade de Covid causada pela Ômicron é fruto da vacinação – no Brasil, segundo boletim divulgado neste domingo (26) pelo consórcio de veículos de imprensa, 142.548.160 brasileiros (66,82%) concluíram a vacinação completa com duas doses ou dose única da vacina.

Más notícias

Segundo a BBC inglesa, a maioria dos casos de Ômicron no Reino Unido é de pessoas com menos de 40 anos. Há muita dúvida em relação à infecção pela variante em pessoas vulneráveis, sobretudo nas populações idosas (mais de 60 anos). Na Inglaterra, a ocupação de leitos adultos dos hospitais já atinge 94,5% – no final do ano passado, o número era de 89%.

Se a vacina protege contra casos severos de Covid-19, a Ômicron, com 50 mutações genéticas em relação ao coronavírus original, consegue escapar da imunidade vacinal, o que a torna aparentemente mais contagiosa.

Boa notícias

Outra boa notícia é o surgimento de alguns remédios que combatem, de fato, a infecção de Covid-19. O mundo parece ter superado a falsa onda de cloroquina e ivermectina, entre outros, e conta com o antiviral molnupiravir, por exemplo. Este medicamento interrompe a capacidade de replicação do vírus e reduz em até 30% as internações hospitalares, segundo seus fabricantes.

Outro remédio é o sotrovimab, terapia com anticorpos que promete reduzir as internações em 70%. Ambos suprimem o coronavírus e concedem mais tempo para o sistema imunológico reagir.

O molnupiravir é avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. Já o sotrovimab, que tem o nome comercial Xevudy, foi aprovado pela agência regulatória do Reino Unido.