A inflação descontrolada e o achatamento do poder de compra da população têm empurrado os brasileiros ao mercado de produtos usados. Bom para a OLX, maior empresa de classificados digitais do País. O ritmo de vendas do site está 30% acima da média registrada no ano passado, segundo o holandês Andries Oudshoorn, CEO da empresa no Brasil. Esse aumento está sobre uma base alta.

Em 2020 houve crescimento de 26% sobre 2019, puxado por itens variados (30,2%), imóveis (20%) e automóveis (12%). “Com as mudanças de hábitos de consumo aceleradas devido à pandemia, o marketplace ganhou muito destaque e consideração dos consumidores no Brasil na hora de realizar compras”, afirmou o executivo. Um estudo da própria OLX mostra que o brasileiro vem adquirindo mais produtos de segunda mão com a ajuda do e-commerce e 39% deles disseram que já realizaram a compra de um produto usado na internet.

Dentro dessa fatia, 45% o fizeram pela primeira vez durante a pandemia. Apesar do crescimento acelerado, o plano de Oudshoorn é popularizar ainda mais o mercado de usados, segmento que, segundo ele, ainda possui grande margem para expansão. “Apoiados pelo avanço da economia circular no País e da ampliação de serviços da OLX Pay, teremos novas soluções em autos, vertical na qual somos líderes no mercado, e no setor imobiliário.”

(Nota publicada na edição 1246 da Revista Dinheiro)