A Oi não vê impedimento do ponto de vista da concorrência para a venda da unidade móvel e acredita que o prazo máximo de 11 meses previstos no plano, anunciado para o cumprimento dos ritos regulatórios e junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), é suficiente, segundo o presidente da companhia, Rodrigo Abreu.

“Quando fizemos o plano de venda da unidade móvel, nossa timeline para entrada de caixa considerava o prazo máximo de 11 meses do ponto de vista regulatório e concorrencial. Não acreditamos que irá passar dos 11 meses”, afirmou em live promovida pela Genial Investimentos.

As operadoras Claro, Vivo e TIM Brasil fizeram um consórcio e apresentaram uma proposta vinculante de R$ 16,5 bilhões pela operação móvel da Oi. Segundo Abreu, essas companhias já estão, de toda a forma, em conservas com o órgão concorrencial para acelerar eventuais análises que possam impactar negativamente em uma aprovação.

“Os líderes da proposta já começaram a interação com as agencias para encurtar o processo”, afirmou. Segundo ele, embora o processo seja de fato complexo, o fato de envolver as três maiores adquirindo ativos de uma quarta empresa do mesmo setor não é tão problemático. “O que importa na verdade é o equilíbrio do mercado e nesse caso haverá equilíbrio”, atestou.

A proposta de reformulação do plano, que foi recentemente aprovada, prevê a venda de redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra ótica, levantando mais de R$ 22 bilhões. O dinheiro será usado para fazer o pagamento antecipado de dívidas, com cortes dos valores na faixa de 50% a 55%, além de sustentar os investimentos futuros.