Por John Irish e Simon Lewis

PARIS/BERLIM (Reuters) – Os Estados Unidos e seus aliados europeus afirmaram na quinta-feira que agora era uma questão de semanas para salvar o acordo nuclear de 2015 com o Irã, após uma rodada de negociações na qual uma fonte diplomática francesa afirmou que não houve progressos nos assuntos principais.

Discussões indiretas entre Irã e Estados Unidos para ressuscitar o acordo nuclear foram retomadas quase dois meses atrás.

Diplomatas ocidentais haviam indicado anteriormente que esperavam um avanço nas próximas semanas, mas diferenças acentuadas permanecem. As questões mais difíceis ainda não foram resolvidas. O Irã rejeitou qualquer prazo imposto pelas potências ocidentais.

“Estamos de fato em um momento decisivo”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em entrevista coletiva após se reunir com ministros de Reino Unido, França e Alemanha em Berlim.

“Há uma urgência real e é realmente uma questão de semanas agora, nas quais determinaremos se podemos ou não retornar ao cumprimento mútuo do acordo.”

Pouco permanece do acordo de 2015, que suspendia sanções contra Teerã em troca de restrições às suas atividades nucleares. Em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, tirou Washington do acordo, restaurando sanções, e depois o Irã violou muitas das restrições do acordo nuclear e continuou a avançar muito além delas.

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