O uso de matérias-primas deve ser duplicado para 2060, o que fará uma pressão “duas vezes maior do que a atual” sobre o meio ambiente, advertiu um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta segunda-feira (22).

“O uso mundial de matérias-primas superará os 167 bilhões de toneladas em 2060, frente os 90 bilhões de toneladas atualmente”, afirmou o estudo da OCDE, intitulado “Perspectivas mundiais de recursos materiais para 2060”.

O relatório expressa seus temores sobre as fortes consequências sobre o meio ambiente que acarretará esta exploração, embora espere-se que este mesmo aumento impulsione “a expansão da economia mundial e o aumento do nível de vida”.

“Se não forem tomadas medidas concretas para enfrentar esses desafios, é provável que o aumento esperado na extração e processamento de matérias-primas (…) piore a contaminação do ar, da água e do solo, e contribua significativamente para as mudanças climáticas”, adverte a OCDE.

“A diminuição gradual das atividades manufatureiras de fabricação em favor das atividades de serviço e a melhoria contínua da eficiência da indústria, que limita o consumo de recursos por unidade do PIB, não a impedirá”, acrescentou a organização.

A instituição enfatiza que, se não forem tomadas as medidas necessárias, “as pressões sobre o meio ambiente serão ainda piores”.